Área de Livre Comércio das Américas - ALCA |
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Público FTAA - COMMITTEE OF GOVERNMENT
REPRESENTATIVES ON THE PARTICIPATION OF CIVIL SOCIETY / FIRST ISSUE MEETING WITH THE
PARTICIPATION OF CIVIL SOCIETY OF THE HEMISPHERE / COALIZÃO EMPRESARIAL BRASILEIRA CONTRIBUIÇÃO DA COALIZÃO EMPRESARIAL BRASILEIRA
As negociações da ALCA entraram, no início de 2003, em uma etapa decisiva. Nos cinco grupos em que se negocia acesso a mercados, foi iniciado, em fevereiro, o processo de apresentação de ofertas iniciais e, atualmente, os países do Hemisfério apresentam seus pedidos de melhoria daquelas ofertas. Os empresários brasileiros vêm acompanhando de perto a evolução do processo de negociação hemisférica, nele participando de forma organizada através da Coalizão Empresarial Brasileira (CEB), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria. Neste processo, a posição da CEB reflete a convergência de duas características importantes da inserção internacional do Brasil. De um lado, cerca de 50% do comércio exterior brasileiro é realizado com os demais países do hemisfério. Portanto, a melhoria substancial das condições de acesso a estes mercados é essencial para o Brasil. De outro, apesar da importância do hemisfério para o Brasil, o país tem interesses econômicos (na área comercial e de investimentos) bastante diversificados em termos geográficos e setoriais. Em conseqüência, o grau de interesse do empresariado brasileiro na ALCA dependerá de perto do modelo de integração que emergirá das negociações. O modelo da ALCA deverá necessariamente ser compatível com as regras da OMC e respeitar o princípio de coexistência da área de livre comércio com acordos sub-regionais e bilaterais de natureza distinta ou mais profundos que se encontram vigentes no continente. Além disso, o modelo de integração da ALCA deverá contemplar:
É preocupante que as negociações substantivas de acesso a mercado se estejam desenvolvendo sem que se tenha produzido um consenso sobre vários temas pendentes relacionados a métodos e modalidades de negociação - inclusive temas essenciais para que os países possam avaliar as ofertas apresentadas pelos demais e analisar os pedidos de melhoria de suas próprias ofertas. Ao se inaugurar a etapa de negociações efetivas de acesso a mercados, cresce a importância da participação empresarial no processo de negociação. Nesta nova etapa, a contribuição empresarial para a formação de consenso em áreas que são hoje objeto de claras divergências torna-se essencial. Além disso, o aprofundamento das negociações requer o aporte de conhecimentos específicos acumulados pela experiência empresarial. Para a CEB, o fato de que o Brasil ocupa hoje a co-presidência do processo negociador apenas reforça o sentido de participação e a consciência da responsabilidade com a condução do processo e seus resultados. A agricultura na ALCA A agropecuária e o agribusiness brasileiros são reconhecidamente competitivos no cenário internacional. Em todos os foros de negociação de que o Brasil participa, o país é demandeur na área agrícola, defendendo uma ampla liberalização do comércio agrícola e a eliminação dos mecanismos de apoio - inclusive domésticos - que distorcem os fluxos comerciais. A expansão do agronegócio no Brasil depende da expansão simultânea dos mercados doméstico e externo e as exportações geram papel central na geração de renda e emprego neste setor. Portanto, tanto a ALCA quanto os processos negociadores na OMC e com a União Européia são vistos como oportunidades pelo agronegócio brasileiro. Melhorias nas condições de acesso aos mercados dos países desenvolvidos se traduzirão em crescimento expressivo das exportações agrícolas e agroindustriais do país e impedirão que outros países, que já disponham de acordos comerciais com os países desenvolvidos ganhem mercado às expensas dos produtores brasileiros. Por isso mesmo, a plena inclusão, nas negociações da ALCA, da agenda agrícola é requisito essencial, do ponto de vista brasileiro, para que o país possa maximizar os benefícios potencialmente associados à integração hemisférica para o setor produtivo. Na ALCA, a CEB defende as seguintes propostas de negociação na área agrícola:
São Paulo, 25 de junho de 2003.
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